A (r)evolução das Moedas Sociais: Do Palmacard ao E-dinheiro.

A (r)evolução das Moedas Sociais: Do Palmacard ao E-dinheiro.

 

  • Resgate de memória: Joaquim de Melo – Banco Palmas
  • Autoria e texto: Bárbara Magalhães de Aguiar Oliveira, mestranda em Sociologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (moca.barbara@gmail.com)

 

Você conseguiria lembrar de todas as moedas que já circularam no Brasil? Quantas foram ao todo? Réis, Cruzeiro, Cruzado, Real…até açúcar já foi moeda de troca, por aqui! Se observarmos a história econômica do Brasil, vamos constatar que tivemos circulando em nosso país, mais moedas que essas aí em cima citadas.

Até mesmo uma nação consolidada e bem estabelecida, ao longo de sua vida, necessita testar pequenos ajustes e soluções para adaptar e equilibrar suas ferramentas econômicas a uma situação financeira especifica. É a tal adequação meios a fins, a adaptação de modelos econômicos a uma realidade contextual, conjuntural.

Aqui no Conjunto Palmeiras não foi diferente! Como você deve saber, o Banco Palmas é conhecido mundialmente pelo pioneirismo na implementação de práticas de economia solidária em seu território. Hoje, passados 17 anos, somos a experiência de Banco Comunitário mais antiga do país, quem sabe até mesmo do mundo. Essa história, como qualquer boa história, começou por meio de muita luta e mobilização de uma comunidade carente, que precisou se virar economicamente, já que eram negligenciados pelo governo local. Dessa vontade de fazer crescer com as próprias pernas, surgiu a famosa Moeda Social Circulante Local, O Palmas, tão conhecida e divulgada pelos arredores do Brasil.

Mas essa iniciativa não nasceu de um dia pro outro, ela foi fruto de muita experimentação, diálogo e uma série de parcerias, que hoje se concretizou em um dos produtos financeiros, oferecido pelo Banco Palmas, de maior impacto e visibilidade.

Nesta publicação, iremos destrinchar um pouco melhor os caminhos percorridos pela Moeda Palmas até sua configuração atual. Nossa intenção é além de registrar e manter viva a história dessa incrível tecnologia/ferramenta econômica, evidenciar os processos e dinâmicas presentes na instituição de uma moeda social.

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